Seminário Nacional NTU 2025 discute inovação e políticas para o transporte coletivo no Brasil

O Seminário Nacional NTU 2025, realizado nesta semana em Brasília, reuniu especialistas, gestores públicos e privados, representantes de empresas e entidades ligadas ao setor para debater o futuro do transporte público coletivo no Brasil. A programação incluiu painéis técnicos, mesas-redondas e apresentações voltadas a tecnologias aplicadas à mobilidade, modelos de financiamento e políticas públicas integradas, com o objetivo de tornar o transporte mais eficiente, seguro e sustentável.

O evento, organizado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), abordou temas como inovação tecnológica, transição energética, descarbonização de frotas, integração de modais e estratégias para ampliar a participação do transporte coletivo nas cidades brasileiras.

Participação da FETRONOR

Entre os participantes, esteve presente Eudo Laranjeiras, presidente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste (FETRONOR) e vice-presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT).

Laranjeiras reforçou a importância da articulação entre o setor produtivo, o poder público e a sociedade para o fortalecimento do transporte coletivo.

“Este seminário é uma oportunidade estratégica para debatermos os desafios e alinharmos soluções para o transporte coletivo urbano no Brasil. Discutimos desde a modernização da frota, com foco na transição para energias limpas, até a necessidade de políticas públicas que priorizem corredores exclusivos, terminais adequados e integração tarifária. A troca de experiências e a apresentação de modelos bem-sucedidos em diferentes regiões ajudam a construir um caminho mais claro para a mobilidade urbana”, afirmou o presidente da FETRONOR.

Temas debatidos

Ao longo dos painéis, representantes de entidades setoriais, gestores e técnicos apresentaram propostas e experiências relacionadas a:

• Tecnologias avançadas no transporte público – uso de inteligência artificial para otimizar operações, sistemas inteligentes de bilhetagem e monitoramento em tempo real.
• Financiamento e subsídios – novos modelos de financiamento e revisão de marcos regulatórios, incluindo subsídios diretos e indiretos para manter a viabilidade econômica do transporte coletivo.
• Integração de modais – estratégias para unificar diferentes formas de deslocamento, como ônibus, metrô, VLT e ciclovias, em um sistema integrado.
• Eletrificação de frotas – adoção gradual de ônibus elétricos e movidos a energias alternativas, alinhada a metas de redução de emissões.
• Participação popular – mecanismos para envolver a população na formulação e no acompanhamento das políticas de mobilidade.

Encaminhamentos

As discussões resultaram na elaboração de propostas que serão encaminhadas a órgãos federais, estaduais e municipais. O objetivo é subsidiar a formulação de políticas públicas voltadas à mobilidade urbana, com base nas diretrizes debatidas durante o seminário.

As contribuições incluem sugestões de atualização do marco legal do transporte coletivo, ampliação de investimentos em infraestrutura de mobilidade, integração tarifária e incentivo à inovação tecnológica.

Foto: Robson Cesco