O Plano de Mobilidade Urbana, recentemente elaborado pela Prefeitura de João Pessoa, traz diretrizes para amenizar problemas na área de mobilidade urbana. As vias e faixas exclusivas para os ônibus, as ciclovias e a construção e restauração das calçadas para os pedestres são imprescindíveis para melhorar a qualidade de vida nas cidades, em especial para os moradores da periferia.

A capital paraibana, assim como as demais grandes cidades do país e do mundo, passa por um processo de crise em seu sistema de transporte público. A queda na demanda do transporte coletivo está em curso nos últimos 20 anos e, segundo o consultor em gestão de transportes urbanos, Carlos Batinga (foto), a pandemia acelerou de forma drástica este processo.

“Os aplicativos são um fenômeno recente. O maior responsável por isso foi a falta de investimentos visando melhorar a qualidade do transporte público e, na contramão, o incentivo à aquisição e uso de carros e motos”, completa.

O atual modelo de contratação dos serviços de transporte coletivo estabelece que o custo seja totalmente pago pela receita da tarifa dos passageiros.

Este modelo, segundo o especialista não funciona mais, se exauriu. Ele defende que deve ser adotado um novo sistema de contratação, onde o governo defina a qualidade, estruture um bom monitoramento e fiscalização e pague pela prestação do serviço. “Não existe nenhum lugar no mundo, que tenha um transporte coletivo de razoável a bom, que seja pago apenas pela receita tarifária”, frisou.

União-JP

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