A Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus) encaminhou uma carta à presidência da república reiterando o pedido de apoio ao setor de transporte coletivo de passageiros. A entidade reforça a necessidade de ajuda aos operadores de transporte público coletivo que prestam um serviço considerado um direito social pela constituição brasileira.
As empresas, que vinham passando por dificuldades, enfrentam uma grave crise, em virtude da brusca queda de passageiros causada pelo distanciamento social imposto pela pandemia. Ao mesmo tempo, os operadores tiveram que manter boa parte das frotas em circulação para não interromper a prestação dos serviços à população.
No ano passado, o presidente Jair Bolsonaro vetou o projeto de lei 3364/2020, que previa ajuda emergencial de R$ 4 bilhões às empresas de ônibus e metrô. Desde então, a situação das empresas do setor tem se agravado e os prejuízos superam os R$ 14 bilhões, de acordo com levantamentos da Associação Nacional de Empresas de Transportes Urbanos (NTU).
A associação, que participa da elaboração do programa de renovação veicular com outras entidades, também encaminhou uma carta ao Ministério da Infraestrutura, solicitando que o setor de ônibus seja incluído no incentivo recém-aprovado para renovação de frota:
“Tivemos a excelente notícia de que o governo, através do fundo de taxação das empresas petroleiras para pesquisa e desenvolvimento, irá destinar verbas para compra de caminhões com mais de 30 anos, para assim diminuir o consumo de combustível, os acidentes e dar velocidade ao transporte de carga e também movimentar a economia”, ressalta a entidade.
A Fabus destaca que as empresas de transporte de passageiros não foram contempladas por esse incentivo, apesar de sua relevância na economia do país.
NTU