Em nota expedida nesta terça-feira, 25 de janeiro de 2022, o Sintur-JP (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de João Pessoa) pediu à prefeitura a concessão de subsídio para evitar a necessidade de um reajuste tarifário.
Como tem acontecido em outras cidades brasileiras, as empresas da capital paraibana querem que o Município assuma o custo das gratuidades.
A pressão dos empresários é decorrente do aumento dos custos operacionais somado à forte queda na demanda dos passageiros por causa, em grande parte, dos efeitos da pandemia.
Este é o grande problema que a pandemia trouxe ao transporte coletivo: a manutenção do sistema não pode mais persistir na fórmula em que os custos são todos bancados pelos passageiros pagantes.
Com o diesel em alta persistente, os custos se afastaram mais ainda da receita, que sofreu com a perda de 43% do número de passageiros – de 5,58 milhões de pessoas ao mês antes de março de 2020, hoje os ônibus transportam apenas 3,20 milhões.
A tarifa de ônibus em João Pessoa está em R$ 4 para quem paga no cartão Passe Legal e R$ 4,15 para o pagamento em dinheiro. São valores que se mantém desde janeiro de 2020.
Para o diretor institucional do Sintur-JP, Isaac Moreira, este modelo de custeio do transporte coletivo em vigor em João Pessoa, em que apenas os passageiros pagantes arcam com todos os custos, já não se sustenta mais. Moreira, em declaração ao portal Mais Paraíba, afirmou que essa situação ficou insustentável principalmente após a pandemia, quando a queda no número de passageiros foi acentuada. “O poder público tem de agir de forma urgente, reconhecendo que é o principal agente responsável pela viabilidade do sistema, sob pena do transporte por ônibus não mais se recuperar. O transporte coletivo é o único modal capaz de prover as necessidades de deslocamentos da população com volume, capilaridade e modicidade, com impactos mínimos no trânsito e no meio ambiente”, finalizou o dirigente.
Diário do Transporte