A CNT realizou a cerimônia do Prêmio CNT de Jornalismo de 2024. Foram 312 trabalhos jornalísticos.
O vencedor do Grande Prêmio levou R$ 60 mil; e os das demais categorias, R$ 35 mil cada. Eles foram avaliados pelo corpo de jurados formado por: Alex Capella, secretário especial de Imprensa da Presidência do Senado Federal; Roberto Munhoz, diretor de Jornalismo da TV Record; Samira de Castro, presidente da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas); Thiago Bronzatto, diretor da sucursal de Brasília do jornal O Globo; e Andrea Santos, especialista em Transporte e codiretora do Hub da UCCRN (Urban Climate Change Research Network) para a América Latina.
Para chegarmos aos vencedores, foram atribuídas notas aos materiais produzidos segundo estes critérios: impacto para o setor de transporte e o transportador; excelência editorial; importância social; criatividade e originalidade; e pertinência atual.
Conheça os vencedores da 31ª edição:
Grande Prêmio
Sob aplausos entusiasmados, o jornalista Chico Regueira, da TV Globo, conquistou o Grande Prêmio com a série de reportagens “O tempo de cada um”, que aborda casos de como o transporte de baixa qualidade contribui para a exclusão social, principalmente, de pessoas negras e pobres.
“É uma alegria e uma honra imensas ter o trabalho reconhecido nesta que é uma das mais importantes premiações do jornalismo brasileiro, com trabalhos de altíssima qualidade. Nossa série de reportagens fala sobre a desigualdade social brasileira. É um tema que faz parte da vida da maior parte dos moradores das grandes e médias cidades e deve estar no debate público, porque a mobilidade é base para a construção de uma sociedade com mais oportunidades para todos”, disse Chico Regueira.
Também participaram da série de reportagens o repórter cinematográfico Raphael Nascimento, a editora Eliza Santana e os produtores Jhonny Marvin e Hygor Lemos.
Conheça a matéria vencedora do Grande Prêmio.
Áudio
A matéria “As histórias de quem levou, por terra, ar e rios, a solidariedade do Brasil ao RS”, vencedora nessa categoria, foi veiculada no podcast Levando Esperança, do portal Metrópoles. Na reportagem, Rafael Campos conta histórias de brasileiros que não hesitaram em ajudar os gaúchos vítimas das inundações que atingiram o Rio Grande do Sul neste ano. Essa foi uma das maiores tragédias climáticas da história do estado.
“Vencer o Prêmio CNT de Jornalismo é uma honraria que qualquer jornalista almeja. (Na reportagem), mostramos um lado do brasileiro que é sempre celebrado e ficou ainda mais evidente diante da tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul. Ao mostrarmos a solidariedade de quem esteve ajudando diretamente os gaúchos, nós reforçamos a grandeza do nosso povo, ao mesmo tempo em que alertamos sobre a gravidade do que aconteceu”, afirmou Rafael Campos.
Amanda Barradas, Cleverton Silva, Natália Moraes, Neila Guimarães e Rafael Campos também participaram da reportagem.
Conheça a matéria vencedora da categoria.
Comunicação Setorial
A jornalista Tânia Leite, da Semove (Federação das Empresas de Mobilidade do Estado do Rio de Janeiro), elaborou um rico material sobre os principais desafios e as responsabilidades da iniciativa privada, do poder público e da sociedade civil para a promoção de um transporte público mais sustentável no Rio de Janeiro. Veja o que ela disse sobre a matéria “Mudanças nos hábitos de deslocamento”, publicada na Revista Ônibus.
“Estou muito feliz com a premiação por ser um reconhecimento profissional e por dar visibilidade às questões da mobilidade urbana, em especial àquelas ligadas ao transporte público. A matéria que fez jus ao prêmio é sobre um tema relevante: pesquisa da Coppe/UFRJ sobre a mudança nos hábitos de deslocamento da população da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. É preciso estudar, entender e se aprofundar nos problemas a fim de buscar uma solução embasada em dados confiáveis”, declarou a jornalista.
Arquimedes Martins Celestino e Roselene Alves também participaram da matéria na parte da diagramação e da revisão, respectivamente.
Conheça a matéria vencedora da categoria.
Impresso
Com a reportagem “Rodovias que perdoam: quando as estradas salvam vidas”, a repórter Roberta Soares, do Jornal do Commercio, trouxe à tona a importância de projetos de infraestrutura rodoviária bem-feitos, por atenuarem riscos de acidentes graves e consequências fatais nos casos de falhas humanas dos motoristas na condução dos veículos.
“É uma honra ganhar mais um Prêmio CNT de Jornalismo, que representa a principal premiação do setor de mobilidade urbana, por ser nacionalmente reconhecido e atrair jornalistas de todo o país. A minha alegria é ainda maior por ter vencido com um trabalho tão importante para estimular a segurança viária nas estradas do Brasil, onde milhares de pessoas morrem todos os anos”, explicou Roberta Soares.
Conheça a matéria vencedora da categoria.
Internet
A repórter Jade Abreu e sua equipe, do portal Metrópoles, percorreram mais de 1,4 mil km para contarem histórias de pessoas que têm direitos básicos violados diariamente, por estarem ilhadas no alto de serras e em áreas rurais de Cavalcanti, o sétimo maior município de Goiás. “O outro lado do paraíso” é o título da reportagem vencedora.
“Este é um reconhecimento importante de um trabalho que levou mais de um ano. A primeira denúncia foi sobre a existência de um pau de arara em Cavalcanti. Iniciamos a apuração na redação. (Ao longo do tempo), ganhamos a confiança de uma comunidade que é muito restrita. Com a reportagem, conseguimos colocar uma lupa na situação daquelas pessoas. O prêmio vem como uma recompensa para esse esforço, que visa mudar a realidade das pessoas”, contou Jade Abreu.
Também participaram da reportagem o videomaker Leonardo Hadluck e o fotógrafo Breno Esaki.
Conheça a matéria vencedora da categoria.
Meio Ambiente e Transporte
“Desafios do transporte para a mobilidade sustentável” é o título da matéria vencedora da categoria. Redigida por Giovana Lopes Cardoso Ferreira e Jéssica Gotlib, do R7, a reportagem mostra os desafios do setor de transporte para a mobilidade sustentável.
“Vencer o Prêmio da CNT na categoria Meio Ambiente e Transporte é uma grande conquista. Esse reconhecimento reforça a importância da discussão sobre os desafios do transporte para a sustentabilidade, que é essencial para reduzir os impactos ambientais e garantir um setor ambientalmente responsável”, avaliou Giovana Lopes.
Conheça a matéria vencedora da categoria.
Vídeo
O repórter Pedro Vedova, da TV Globo, e sua equipe tiveram acesso, com exclusividade, à parte interna do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), na época das inundações que atingiram o Rio Grande do Sul. A reportagem “Aeroporto virou porto – águas invadem e fecham o Salgado Filho” mostrou a destruição causada pela água das chuvas.
“A gente se esforçou na reportagem sobre o alagamento do aeroporto, não só pelas negociações que deram ao Fantástico um material exclusivo, mas também pelo aspecto físico. Ao final de uma cobertura desgastante, colocamos o pé na água parada que trancava o aeroporto. Havia a necessidade da presença física de alguém nas imagens, reforçando a fragilidade, a solidão e o tempo suspenso no aeroporto, antes movimentado. O Prêmio CNT valoriza essa nossa entrega e a necessidade de pensarmos outros caminhos diante da tragédia climática”, disse Pedro Vedova.
Também participaram da reportagem o repórter cinematográfico Rafael Martinez, os produtores Pedro Rockenbach e James Alberti, o editor de imagens André Alaniz e o editor Felipe Wainer.
Conheça a matéria vencedora da categoria.
Fotojornalismo
A foto vencedora mostra uma visão inusitada: um avião circundado pelas águas das fortes chuvas que assolaram o estado do Rio Grande do Sul neste ano. Na ocasião, o aeroporto Salgado Filho, localizado em Porto Alegre (RS), foi completamente inundado, interrompendo as operações. A imagem foi registrada pelo repórter Adriano Henrique Machado, da Reuters.
“Ganhar um prêmio de fotografia é uma conquista importante, especialmente quando a fotografia aborda um momento crítico e impactante. A foto do avião em meio às enchentes simboliza a tristeza, a dor, a luta e a resiliência das comunidades afetadas. Ao destacar, também, a gravidade da situação, ela serve como um poderoso testemunho visual que pode sensibilizar o público para a realidade das catástrofes naturais e suas consequências. O Prêmio CNT de Jornalismo é de grande importância para a nossa profissão”, disse o jornalista.