O transporte, em agosto, apresentou saldo positivo de 13.235 postos de trabalho, na diferença entre o total de admissões (68.596) e demissões (55.361) do mês. Trata-se do 7º mês consecutivo com bom resultado após uma longa queda nos postos de trabalhos iniciada em março de 2020. Os dados foram atualizados pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), no Painel do Emprego no Transporte.
As informações elaboradas pela CNT são as mais recentes, disponíveis a partir do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência. A ferramenta apresenta a movimentação do mercado de trabalho formal no Brasil.
No acumulado de janeiro a agosto de 2021, foi ocupado um total de 61.906 vagas de emprego no setor. Nesse período, o número de admissões em 2021 cresceu 38,6% em relação ao mesmo período de 2020. Já para as demissões, este percentual de crescimento foi de 2,1%.
“O saldo de empregos deste ano acaba sendo uma compensação em comparação com o ano passado, quando o mercado de trabalho no transporte sofreu o impacto da pandemia. No geral, a recuperação na segunda metade deste ano já é uma realidade, porém é necessário que o país promova um ambiente de negócios propício à geração de novas vagas em massa”, ressalta o presidente da CNT, Vander Costa. Para ele, estamos em um momento de reinvenção em decorrência da pandemia. “Novos caminhos e novas oportunidades, inclusive no mercado de trabalho no transporte”, conclui.
Considerando o balanço de admissões e desligamentos de empregos formais do transporte nos oito primeiros meses de 2021, o estado do Rio de Janeiro foi o que apresentou a maior perda de postos de trabalho (-3.350), seguido de Pernambuco (-1.007) e Sergipe (-232). Já o melhor desempenho em termos de geração líquida de empregos formais na área no período foi alcançado pelos estados de São Paulo (+30.502), Minas Gerais (+8.243) e Santa Catarina (+5.962).
Ao considerar os diferentes modais de transporte no acumulado de janeiro a agosto de 2021, é possível identificar que o maior saldo na criação de empregos formais (+82.434) ocorreu no segmento de transporte rodoviário de cargas (TRC). Em realidade oposta está o transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano, que vem desde o início da pandemia em tendência negativa. Nos primeiros oito meses deste ano, foram fechadas 21.447 vagas de trabalho somente nesse segmento. A mesma situação ocorre no grupo rodoviário de passageiros de longo curso (-7.152).
O objetivo da CNT com o Painel do Emprego no Transporte é disponibilizar às empresas do transporte e à sociedade opções para consulta dinâmica e análises de informações do transportador. O Painel do Emprego contribui com um panorama da situação de ocupações no setor, fonte significativa de referência durante a pandemia do novo coronavírus.
No Painel, é possível aplicar filtros para as diferentes modalidades de transporte e para todos os estados, além de acessar os mesmos dados por tipos de ocupação. Os números possibilitam desde uma visão abrangente até recortes e cruzamentos para pesquisas específicas e segmentadas.
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