A Confederação Nacional do Transporte lançou uma edição especial do Radar CNT do Transporte com informações de macroeconomia. São interpretações de dados do primeiro semestre de 2021 por meio dos quais é possível verificar as principais características por detrás do resultado da atividade econômica no período. O material apresenta, em especial, um panorama para o setor do transporte.
O levantamento da CNT é realizado a partir de uma avaliação medida principalmente pelo produto interno bruto (PIB), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O diagnóstico leva em conta uma análise de diversos indicadores, tais como o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), a PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), a PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e as Contas Nacionais Trimestrais.
Embora a retomada sustentada da atividade econômica represente atualmente uma pauta essencial para o contexto nacional, diversos fatores precisam ser levados em consideração. Na prática, a interação do PIB com outros indicadores contribui para lançar um olhar mais amplo sobre a situação dos setores produtivos; como o mercado de trabalho é afetado; o tamanho do leque de investimento nacional; e a interface comercial do país com o setor externo. Ela viabiliza, inclusive, saber se houve melhora na sociedade como um todo.
No caso do transporte, a visão conjunta mostra que o setor tem avançado positivamente e sua retomada de crescimento já chegou próximo ao patamar do período pré-pandemia. Uma evidência é a desagregação do PIB, em que o número-índice do primeiro trimestre de 2021 mostra um valor semelhante ao quarto trimestre de 2019. Ademais, o volume de serviços medido pela PMS para o transporte se encontra 7,5% acima do patamar de fevereiro de 2020.
Apesar da melhoria, a interpretação dos atuais resultados deve ser feita com parcimônia, pois ainda estão aquém do desempenho que as empresas do transporte haviam conquistado antes dos anos recessivos de 2015 a 2016. O país terá o desafio de manter a ascensão contínua, apesar do cenário incerto para o futuro a pequeno e médio prazos. Soma-se a essa realidade o problema gerado pela intensidade do impacto da Covid-19 no âmbito socioeconômico. Superar os prejuízos gerados durante a pandemia será um dos obstáculos mais significativos para o setor.
Dentre os pontos mais tensos e que merecem atenção para manter o crescimento econômico estão: a queda do desemprego; o controle da inflação, que tem guiado uma política de aumento de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom); e a manutenção evolutiva do quadro de vacinação no país. O desdobramento dessas e de outras variáveis geram incertezas quanto ao futuro próximo, que podem se acentuar com a proximidade das eleições de 2022.
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